sábado, 20 de novembro de 2010

Brasil:o país dos raios

O país dos raios
No ranking mundial de raios, o Brasil está em primeiro lugar. Por sua posição geográfica no globo e relevo local, o país passa pelo menos metade do ano sob a influência de massas de ar úmidas e quentes, que geram as grandes nuvens cumulonimbos responsáveis pela maioria dos raios que ocorrem na atmosfera. A umidade alta e o calor são os ingredientes básicos para a formação destas nuvens.
Tecnicamente o raio é uma descarga elétrica que ocorre de uma nuvem e vai para o chão. As descargas elétricas podem acontecer também de uma nuvem para outra, da nuvem para o ar, sem chegar ao solo, e ainda da nuvem para o espaço planetário. Este é um ramo da meteorologia que ainda é muito estudado, não só para o melhor entendimento de como o ar e as nuvens geram as descargas elétricas, mas também para poder aproveitar a fenomenal energia liberada pelas descargas elétricas.
Num dia quente e úmido, as nuvens cumulonimbus podem se formar facilmente em quase todo o Brasil. Além da chuva forte, podem causar ventos fortes, os trovões e os raios. O barulho do trovão assusta muita gente, mas a intensa rajada de vento e o raio liberados destas nuvens, matam.
A chance de uma pessoa ser diretamente atingida por um raio é de uma em milhão, o que dá um número muito pequeno. O problema é que a maioria das  mortes ocorre pelos efeitos indiretos dos raios. A descarga elétrica entra na rede de energia urbana e chega às residências, danificando aparelhos eletroeletrônicos e a rede elétrica. Um raio pode cair numa substação de alta tensão, numa árvore, desencadear incêndios ou entrar ainda pela rede de telefonia. Os efeitos são múltiplos e perigosos.
Com as pancadas de chuva acontecendo com o maior regularidade sobre o país e o aumento do calor, a chance de ocorrência de tempestades com raios fica cada vez maior. Nos próximos dias, a maioria das áreas das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil terão condições favoráveis para a ocorrência de chuvas fortes e raios.
Fonte:climatempo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Será que o inferno existe?então veja esta postagem

O Inferno na Bíblia

A palavra inferno vem do latim inferii e significa lugar inferior. A idéia de inferno como um lugar de fogo para onde vão almas incorpóreas condenadas não se encontra nas Escrituras, apesar de aplicações que se fazem de textos simbólicos e parábolas.
Também a palavra inferno não faz parte do texto original da Bíblia como acontece com as palavras evangelho, batismo e outras que estão na Palavra de Deus.
A palavra inferno foi colocada nas traduções em português para substituir cinco outras palavras com significado completamente diferente do conceito religioso popular de inferno. Isso ocorreu devido à crença que o tradutor nutria previamente e que o influenciou a colocar a palavra inferno nas traduções que fez.
Algumas Bíblias antigas trazem inferno em I Cor 15:55 mas algumas modernas como a Almeida Atualizada trás “morte”, que é o correto. O mesmo ocorre em Apoc 20:13 onde se lia “a morte e o inferno”, encontra-se agora, “a morte e o além”, mas a palavra lá é hades (grego) e significa “sepultura”.

A doutrina do inferno é de origem grega e romana e as pessoas são induzidas a crer nela pela formação religiosa anterior que receberem além das falhas das traduções que geralmente usam e fortalecem um pensamento anti-bíblico.
As cinco palavras que foram erroneamente traduzidas por “inferno” são: 
1. GEENA (hebraico) que é uma forma simplificada da expressão ge (vale) bem (filho) e Hinom (nome da família proprietária da área), ou seja, vale dos filhos de Hinom. Essa palavra se encontra nos evangelhos como em Mateus 5:22, 29 e nada tem a ver com um inferno de fogo eterno. Era um vale onde, no passado, se fazia sacrifícios humanos e se queimavam os corpos de pessoas aos ídolos. O profeta Jeremias profetizou que ali seriam lançados os corpos dos desobedientes e que ali ficariam expostos (Jer. 7:31-34). Nos dias de Jesus o local continuava a ser depósito de animais e lixo em putrefação e os moradores sempre ateavam fogo para consumir os restos ali deixados. Esse lugar Jesus usou para simbolizar o fim trágico que aguarda os desobedientes. Apenas corpos físicos eram consumidos no GEENA por isso que havia bichos nos corpos podres, coisa que almas não têm. Nada a ver com almas num fogo eterno.

2. HADES (grego) usada no NT juntamente com Sheol (hebraico) usada no AT significam “sepultura, lugar dos mortos, morada dos mortos”. Entre outros textos esta palavra (hades) encontra-se em Apoc. 20:13. Aqui o inferno (na verdade a sepultura) é o lugar onde estão os mortos, pois ele mesmo, o inferno=sepultura, é lançado no lago de fogo onde é destruído (Apoc. 20:14) pois a sepultura é o símbolo da morte que Jesus destruiu. Sheol, seu equivalente hebraico, também significa sepultura, sendo equivocadamente traduzida por “inferno”. Em Jó 17:16 declara-se que os mortos ficam no pó e em Isa. 14:9-11 se declara que o inferno (sheol) é um lugar onde os bichos comem os cadáveres. Também nada a ver com lugar de fogo eterno. Aliás, ainda em Apoc. 20:10 se diz que o próprio Diabo somente será lançado no lago de fogo, que se forma quando Jesus volta no Juízo Final, quando Deus derrama fogo do céu. No verso 14 diz que o próprio inferno (sepultura) também é lançado nesse final lago de fogo. Ao final explicaremos sobre o fogo ser “eterno”.

3. TANATO (grego). Esta palavra ocorre em vários lugares, mas é traduzida em I Cor. 15:55 como inferno. Na realidade a falha de tradução foi tão clara que nem os que crêem no inferno tradicional mantiveram o erro, e corrigiram na Almeida Atualizada. Lá diz “onde está ó morte (tanato) a tua vitória onde está ó inferno (tanato=morte) o teu aguilhão?” O verso 54, anterior, diz que a morte (inferno) perde a vitória e o aguilhão porque Jesus nos dá a imortalidade. Também não tem nada a ver com um lugar de fogo onde as pessoas ficam queimando.

4. A quinta e última palavra é TÀRTAROS
 (lugar de trevas). Esta palavra ocorre na Bíblia apenas uma vez em II Pedro 2:4. O próprio texto declara que os anjos foram expulsos da presença de Deus, ou seja, onde está a verdadeira luz, para o exterior que são as trevas, privados da luz do céu onde moravam e sem ela neles uma vez que pecaram. Conforme diz o texto esse “inferno” também não tem fogo, somente a escuridão da ausência de Deus. Além do mais, em harmonia com Apoc, 20:9,10,14 eles estão aguardando o Juízo Final quando, somente então, serão lançados no Lago de Fogo produzido pelo fogo que desce do Céu e que os destrói juntamente com os que rejeitaram a salvação de Cristo. Esta palavra, a última, também nada tem a ver com o inferno tradicional.
Surge então a pergunta: e o fogo eterno que diz Apoc. 20 se formará depois do milênio com o fogo e enxofre que desce do céu?

A expressão eterno é “aion” (grego) que significa uma duração relativa ao que se refere. Pode estar falando que é eterno sem fim ou que é eterno “enquanto dura” como disse certo poeta. Ou seja, precisamos examinar o contexto para saber se é eterno sem fim ou eterno até que acabe.

Em Apoc. 20:10 diz que serão atormentados pelos séculos dos séculos (“aion ton aion” em grego= para sempre, eternamente conforme algumas traduções). Mas esse “pelos séculos dos séculos é previamente explicado no verso anterior, o v. 9 que diz que o fogo que desceu “do céu os CONSUMIU”, logo, serão atormentados eternamente até que toda a substância seja consumida, e seu resultado, a destruição, será eterna, pois o fumo, ou fumaça que disso resultar estará no espaço “para sempre”, isto é, até que tudo que pode ser queimado, acabe.

Mas, além do significado gramatical de “eterno” e da explicação de Apoc. v. 9, há muitas passagens declarando que o fogo que destrói os maus nos últimos dias é um eterno até que consuma tudo e somente deixe as cinzas. Por exemplo, Judas 6,7 diz de forma clara que os anjos estão em trevas esperando o Juízo (igual diz Pedro como já vimos) em “algemas ETERNAS” (aion) . Ora, as algemas eternas serão tiradas quando chegar o Juízo e a condenação final, e a sentença for decretada., assim, a algema é eterna somente até que se cumpra o objetivo e sejam consumidos.

O verso 7 diz que o “exemplo do fogo eterno” é o da punição que caiu sobre Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas. Qual foi a punição de Sodoma e Gomorra? Estão queimando até hoje? A Bíblia diz que não, veja Gênesis 19:24-29. O apóstolo Pedro declara que Sodoma e Gomorra se tornaram em “cinzas” (II Pedro 2:6) para mostrar o exemplo do que acontecerá aos que vivem impiamente. Portanto, o fogo é eterno até consumir tudo neste planeta e Deus criar aqui um Novo céu e uma Nova Terra. Apoc. 21:1, 5 diz que Deus, então, fará novas todas as coisas.
Deus é amor, como deixaria alguém ficar por milênios, pela eternidade afora, se queimando em dores inimagináveis por pecados de uma vida passageira. Ele não prometeu isso, mas disse que o homem que pecasse, morreria. Se comesse da árvore da Ciência do Bem e do Mal morreria.
Para finalizar a Bíblia diz que TODOS os ímpios se tornarão cinzas no dia do Senhor. (Malaquias 4:1-3) o que concorda plenamente com o dizer de Apoc. 20:9; II Pedro 2:6 entre outras passagens. E o próprio Satanás será consumido, o que concorda com Apoc 20:9. Veja Ezequiel 28:14-19.

Mas, e a parábola do rico e Lázaro? (Lucas 16:19-31). O nome do relato já diz é uma “parábola” onde não se vai para o céu, mas para o simbólico “seio Abraão”, também não se trata de “almas” no fogo mas de corpo físico com dedo, língua e que sente calor e pede água para matar a sede, fisiologia de corpo vivo que está sendo queimado, como ocorrerá no Juízo Final. Também deixa clara, a parábola que o mendigo morto e salvo foi levado “pelos anjos”, o que somente ocorrerá no futuro, na volta de Jesus (Veja I Tessalonicenses 4:13-17 entre outras passagens). E quanto a recompensa dos salvos (como no caso do mendigo da parábola) ou dos Perdidos (representado pelo rico da parábola) a mesma parábola declara que ambas as situações somente ocorrerão quando a chegar a ressurreição, que é a única forma (como vimos na passagem anterior) de se voltar de entre os mortos seja para a vida, seja para a morte eterna. (verso 32 e João 5:28, 29).
Finalmente, o apóstolo Paulo ensina que mesmo os que morreram em Cristo não estão salvos a não ser quando ocorrer a ressurreição. Eles não vão para o céu ou um lugar de tormento ao morrerem. Isso somente ocorrerá com a final destruição dos ímpios na volta de Jesus. Também não vão como almas sem corpo. A Bíblia ensina que se não houver ressurreição “naquele dia”, todos os que morreram em Cristo, mesmo eles, estarão perdidos. Leia I Coríntios 15:16-18.
Em Ezequiel 18:23, 32 Deus declara que não tem prazer na MORTE do ímpio, não se compraz em seu tormento eterno. “Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová, convertei-vos, pois e vivei.”
Perder a salvação, sofrer “conforme as suas obras” e receber a morte e o esquecimento eterno é a maior punição que Deus pode dar a alguém. Sadismo é se deleitar na dor prolongada de alguém. Deus não se deleita nem mesmo no ato da morte quanto mais na contemplação eterna de alguém em infinitas agonias. Graças a Deus que sua Palavra nos informa: “não tenho prazer na morte do que morre” mesmo que seja ímpio. A extinção é a pena máxima.
Graças a Deus pois Ele é amor!

Pr Demóstenes Neves da Silva
SALT/NE.novembro/2002

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A gripe espanhola de 1918

1918, Primeira Guerra acontecendo na Europa, quando um surto de gripe atingiu o hemisfério norte todo durante a primavera (deles) em março. Muitas pessoas foram infectadas, com os sintomas normais da gripe, febre, calafrios e indisposição. Todos os países tiveram surtos, na Espanha 8 milhões de pessoas ficaram doentes, incluindo o rei Afonso XIII. A maioria dos países não admitia o surto que estava acontecendo, já que isso implicava em soldados fora de combate. A Espanha que até então estava neutra na guerra não escondeu o que se passava, e a gripe que era chamada de gripe dos 3 dias começou a ser chamada de gripe espanhola. Rapidamente, ela sumiu.

Faixa etária e mortalidade da gripe espanhola

Em agosto, outono no hemisfério norte, a gripe voltou. Atacou em todos os lugares, Ásia, Europa, Américas. Mas dessa vez ela estava diferente. Estranhamente atacava os jovens, com um pico de infecção entre 20 e 30 anos, enquanto normalmente a curva de idade é um U, atacando mais crianças e idosos, essa formava mais um W. Os sintomas também estavam diferentes, além da febre e dor de cabeça, em alguns dias começava a falta de ar, o rosto começava a ficar roxo, os pés pretos, e em pouco tempo a pessoa morria afogada, com os pulmões cheios de fluidos. Os acampamentos militares, cheios de jovens dividindo quartos, foram atacados em cheio.

Enquanto uma gripe normal mata menos de 0,1% dos doentes, essa matava até 2,5%. Pode parecer pouco, mas com pelo menos 25% da população americana doente, o estrago foi enorme, mais de meio milhão de mortos. Essa é a diferença principal. Enquanto o Ebola mata até 90% das pessoas, infecta poucos, já essa gripe infectou tantos que deve ter matado entre 20 e 100 milhões de pessoas - a 1ª Guerra matou cerca de 9,2 milhões em combate, 15 milhões no total, a 2ª, 16 milhões. Algumas tribos esquimós sumiram do mapa.

Faltavam caixões para enterrar as pessoas, e em muitos lugares os velórios eram limitados a minutos, tamanha a procura.

Até hoje não se sabe como a doença se espalhou tão rápido, em questão de dois meses o mundo inteiro foi atingido, e em muitos casos cidades distantes tinham surto ao mesmo tempo, enquanto as cidades vizinhas podiam levar semanas para serem atingidas.

Nos EUA e no Japão, foram selecionados presos para testarem como a doença era contraída. Não se sabia que era um vírus que causava a doença. Eles pegavam presos que não tiveram contato com a gripe e após os testes, os presos teriam cumprido a dívida com a sociedade - comitê de ética também não era tão presente na época. Borrifavam muco de pessoas doentes no nariz e nos olhos dos presos, injetavam sangue embaixo da pele e pediam para os doentes tossirem e espirrarem  no rosto. Nenhum dos presos americanos contraiu a doença. No Japão conseguiram ver que fluidos filtrados eram capazes de infectar as pessoas, forte indicação de que o agente infeccioso era um vírus (bactérias ficavam retidas pelo filtro), mas não conseguiram repetir os resultados.

Reencontrando o inimigo

Em 1996, um pesquisador do Instituto de Patologia das Forças Armadas americanas teve uma idéia brilhante. O instituto de patologia recebia milhares de amostras militares e civis desde o começo do século 20, analisava e conservava. Taubenberger resolveu procurar amostras de pulmão de soldados que tivessem morrido de gripe em 1918 preservadas em parafina. De duas amostras conseguiu isolar genes do vírus da gripe espanhola. Houve críticas de que o formol poderia ter causado mutações nos vírus, e surgiu a idéia de que corpos enterrados em terreno permanentemente congelado também permitissem que outras amostras fossem recuperadas, e comparadas.

Uma pesquisadora americana resolveu escavar um cemitério (vala comum) norueguês. Em um projeto de meio milhão de dólares, planejou durante 4 anos. Explorou o solo com sondas, montou tendas de contenção biológica, contratou escavadores especializados e chegou a fotografar a disposição das pedras no chão para poder devolver tudo no lugar depois. Quando desenterrou os corpos, eles já estavam bem decompostos e não encontraram o vírus.

Enquanto ela planejava tudo isso, um sueco de uma universidade americana chamado Hultin, que já conhecia o Alasca e tinha tentado encontrar amostras do vírus em 1951, foi sozinho para uma vila esquimó, escavou um cemitério e consegui amostras muito bem conservadas de uma mulher esquimó, gastando $ 3200 em uma viagem de 3 dias.

Em breve: o que as amostras revelaram, e qual foi o fim do vírus H1N1 de 1918.

domingo, 14 de novembro de 2010

Deus um delírio(Dawkins)


The God Delusion (em portuguêsA Desilusão de Deus / Deus, um Delírio) é um livro de não-ficção escrito pelo biólogo e divulgador da ciência britânico Richard Dawkins. O livro aborda temas como o neo-ateísmo e apresenta a opinião de Dawkins sobre a religião ter se tornado um dos males dos tempos modernos.
Além de apontar as inúmeras, segundo Dawkins, irracionalidades cometidas por várias religiões, dentre elas principalmente o cristianismojudaísmo e islamismo, Dawkins defende a idéia que um Deus como é pregado pelas religiões não passa de histórias criativas para explicar tudo o que conhecemos, porém histórias irreais sem nenhuma veracidade racional ou lógica, muitas vezes se tornando inimigas da razão.
No livro, Dawkins defende a idéia de que um criador sobrenatural não passa de um delírio, que ele define como "uma falsa crendice mantida diante de fortes evidências contraditórias". Dawkins simpatiza com a observação de Robert Pirsig que diz "quando uma pessoa tem uma insanidade, chama-se a isso 'delírio'; quando muitas pessoas sofrem de um delírio, chama-se a isso 'religião'".[1]
Como existe um grande número de ideias teístas que buscam explicar a natureza de Deus(es), Dawkins define o conceito de Deus ao qual ele deseja direcionar-se no começo do livro. Ele cunha o termo "religião einsteiniana" ("Einsteinian religion"), referindo-se ao uso de Albert Einstein do termo "Deus", como uma metáfora para a natureza ou os mistérios do universo.[5] Ele faz uma distinção entre essa "religião einsteiniana" e a ideia teística geral de Deus como o criador do universo que deveria ser adorado.[6] Enquanto que Dawkins considera a "religião einsteiniana" uma hipótese respeitável, ele não pensa o mesmo sobre as religiões convencionais. Dawkins sustenta que para as religiões convencionais é dada uma imunidade privilegiada e não merecida contra críticas, citando Douglas Adams para ilustrar o seu argumento:
Religião … tem certas ideias centrais as quais nós chamamos de sagradas ou santas ou o que quer que seja. O que isso significa é, "Aqui está uma ideia ou noção sobre a qual você não está permitido a dizer qualquer coisa ruim, você simplesmente não pode. Por que não? – Porque você não pode. Se alguém vota para um partido com o qual você não concorda, você está livre para argumentar sobre isso o quanto você quiser; todos terão um argumento, mas ninguém fica agressivo com isso. … Mas, por outro lado, se alguém diz, "Eu não deveria acionar um interruptor de luz em um sábado", você diz "eu respeito isso."[7]
Dawkins passa a listar exemplos de atribuição de status privilegiados a religiões, tais como a facilidade de obter a condição de objetor de consciência, o uso de eufemismos para conflitos religiosos, imunidades tributárias, possibilidade de proselitismo em escolas, várias exceções ao cumprimento do Direito, e a polêmica das caricaturas da Jyllands-Posten sobre Maomé.
Voltando as suas atenções para a "religião einsteiniana", ele sustenta que essa ideia de Deus é uma hipótese válida, tendo efeitos no universo físico, e, como muitas outras hipóteses, pode ser testada efalsificada.[8] Isso se torna um tema importante no livro, o qual ele chama de "Hipótese de Deus" (God Hypothesis).[9]
Dawkins faz uma análise breve dos principais argumentos filosóficos a favor da existência de Deus. Das várias alegações filosóficas que ele discute, ele seleciona o argumento do design para uma consideração maior. Dawkins conclui que a evolução através da seleção natural pode explicar uma "aparente concepção" da natureza.[1]
Ele escreve que um dos grandes desafios ao intelecto humano tem sido explicar "Como surge a complexa, improvável concepção no universo" ("how the complex, improbable design in the universe arises"), e sugere que existem duas explicações que competem entre elas:
  1. Uma hipótese envolvendo um conceptor, isto é, um ser complexo para ser responsabilizado pela complexidade do que vemos.
  2. Uma hipótese, com teorias de apoio, que explica como, a partir de origens e princípios simples, algo mais complexo pode surgir.
Essa é a base de seu argumento contra a existência de Deus, o "Ultimate Boeing 747 gambit"[10] ("gambito último Boeing 747″), onde ele argumenta que a primeira tentativa é auto-refutável, e a segunda abordagem é um melhor caminho a seguir.[11]
Ao final do capítulo 4, "Por que quase com certeza Deus não existe", Dawkins resume o seu argumento e declara, sobre a teoria do Design Inteligente, que "a tentativa é falsa, porque a hipótese do conceptor (designer) imediatamente levanta um problema maior sobre quem concebeu (designed) o conceptor (designer). Todo o problema com o qual nós começamos era o problema de explicar a improbabilidade estatística. Obviamente, não é uma solução postular algo ainda mais improvável" ("The temptation is a false one, because the designer hypothesis immediately raises the larger problem of who designed the designer. The whole problem we started out with was the problem of explaining statistical improbability. It is obviously no solution to postulate something even more improbable").
Dawkins não pretende dizer que Deus não existe com certeza absoluta (um Deus no sentido da "religião einsteiniana"). Em vez disso, ele sugere como um princípio geral que as explicações mais prováveis são preferíveis, em detrimento de explicações improváveis, como a de um Deus omnisciente e omnipotente. E, desse modo, ele argumenta que a teoria de um universo sem Deus é preferível a uma teoria de um universo com Deus.

É a ciência uma religião?


É a matemática realmente uma religião? E a ciência? Hoje em dia ouve-se muitas vezes dizer que a ciência é “apenas” mais uma religião. Há algumas semelhanças interessantes. A ciência oficial, tal como a religião oficial, tem as suas burocracias e hierarquias entre funcionários, as suas instalações grandiosas e esotéricas sem qualquer utilidade aparente para os leigos, as suas cerimônias de iniciação. Tal como uma religião decidida a alargar a sua congregação, a ciência tem uma enorme falange de missionários — que não se chamam a si mesmos missionários, mas professores.
Eis uma fantasia engraçada: um observador mal informado presencia o trabalho de equipe, intrincado e formal, necessário para preparar uma pessoa para a parafernália esotérica de uma tomografia axial computadorizada — um exame T.A.C. — e supõe tratar-se de uma cerimônia religiosa, um sacrifício ritual, porventura, ou a investidura de um novo arcebispo. Mas estas semelhanças são superficiais. E quanto às semelhanças mais profundas que têm sido defendidas? A ciência, tal como a religião, tem as suas ortodoxias e as suas heresias, não tem? Não é afinal a crença no poder do método científico um credo, tal como os credos religiosos, no sentido em que em última análise é de uma questão de fé, tão incapaz de confirmação independente ou fundamento racional como qualquer outro credo religioso? Repare-se que a pergunta ameaça autodestruir-se: ao contrastar a fé com a confirmação independente e com o fundamento racional, negando que a ciência como um todo possa usar os seus próprios métodos para assegurar o seu próprio triunfo, a pergunta presta homenagem a esses mesmos métodos. Parece existir uma assimetria curiosa: os cientistas não apelam à autoridade de quaisquer líderes religiosos quando os seus resultados são contestados, mas muitas religiões atuais adorariam poder garantir o aval da ciência. Algumas dessas religiões têm nomes que manifestam esse desejo: os cientistas cristãos e os cientologistas, por exemplo. Temos também uma palavra para a veneração da ciência: “cientificismo”. Acusam-se de cientificismo aqueles cuja atitude entusiástica perante as proclamações da ciência é muito semelhante às atitudes do devoto: em vez de ser cauteloso e objetivo, tem uma postura de adoração, é acrítico ou até fanático.
Se o summum bonum ou máximo bem dos cientistas é a verdade, se os cientistas fazem da verdade o seu Deus, como já foi defendido, não será esta uma atitude tão situada quanto o culto de Jeová, de Maomé, ou do Anjo Moroni? Não, a nossa fé na verdade é, verdadeiramente, a nossa fé na verdade — uma fé partilhada por todos os membros da nossa espécie, mesmo que exista grande divergência nos métodos admitidos para a obter. A assimetria acima referida é real: a fé na verdade tem uma primazia que a distingue de todas as outras fés.

Tolerancia

O cume da tolerância é mais rapidamente alcançado por aqueles que não andam carregados de convicções. Alexander Chase

A tolerância é uma virtude rara e importante. Tem os seus limites, mas estes são geralmente estabelecidos demasiado rigidamente e nos pontos errados. Considere-se a decisão de um juiz madrileno que indeferiu um requerimento, apresentado pela polícia da cidade, no sentido de ordenar às prostitutas da Casa de Campo que andassem mais vestidas. Ali, as prostitutas andavam insuficientemente vestidas com cintos de ligas, corpetes e minissaias reduzidíssimas, o que o chefe da polícia considerava indecente; mas o juiz decidiu que, uma vez que se tratava do uniforme da profissão, elas tinham o direito de andar assim vestidas.

Foi um verdadeiro Daniel a proferir o juízo. A decisão é uma imagem da própria tolerância, e teria sido aplaudida pelo maior profeta da História desta virtude: John Stuart Mill. Na sua obra fulcral Sobre a Liberdade, escreveu: “A humanidade terá muito a ganhar deixando que cada um viva como lhe parece bem, e não forçando cada um a viver como parece bem aos restantes”.

Esta observação tem várias implicações importantes. Define uma pessoa intolerante como alguém que deseja que os outros vivam como ela pensa que eles deveriam viver e que procura impor-lhes as suas próprias práticas e convicções. Diz que a comunidade humana se beneficia ao permitir o florescimento de vários estilos de vida, pois estes representam experiências com as quais muito se poderá aprender sobre como lidar com a condição humana. E reitera a premissa de que ninguém tem o direito de dizer a outro como ser ou agir, desde que esse ser e esse agir não prejudiquem terceiros. Estes são os princípios do liberalismo, palavra maldita entre os que pensam que, se não se mantiver um controle rígido sobre os pensamentos e os instintos humanos, a Terra abrir-se-á e dela brotarão demônios.

Contudo, a tolerância é não apenas o centro como também o paradoxo do liberalismo. Isto é assim porque o liberalismo impõe a tolerância de perspectivas opostas e permite-lhes expressarem-se, deixando que a democracia das ideias decida qual deve prevalecer. O resultado é frequentemente a morte da própria tolerância, pois aqueles que se orientam por princípios rígidos e perspectivas intransigentes nas questões políticas, morais e religiosas silenciam sempre — se lhes for dada a menor oportunidade — os liberais, uma vez que o liberalismo, devido à sua própria natureza, ameaça a hegemonia que desejam impor.

Assim, à questão “Deverá o tolerante tolerar o intolerante?”, deverá ser dado em resposta um retumbante “Não”. A tolerância tem de se proteger a si própria. Pode fazê-lo facilmente, dizendo que todos podem expor um ponto de vista mas ninguém pode forçar os outros a aceitá-lo. A única coerção deve ser a da argumentação; a única obrigação, o raciocínio honesto. Helen Keller disse que “o resultado mais elevado da educação é a tolerância”, e estava certa: pode confiar-se em que, na maioria dos casos, o raciocínio imparcial de um espírito informado favorecerá o bem e a verdade.

A intolerância é um fenômeno psicologicamente interessante porque é sintomático de insegurança e medo. Os fanáticos que, se pudessem, nos obrigariam a agir em conformidade com o seu modo de pensar, poderiam pretender estar a tentar salvar a nossa alma, mesmo contra nossa vontade, mas, na verdade, fá-lo-iam porque se sentiam ameaçados. Os talibãs do Afeganistão obrigam as mulheres a usar véu, a ficar em casa e a desistir da sua educação e do seu emprego porque temem a sua liberdade. Os velhos tornam-se intolerantes para com os jovens quando ficam alarmados com a indiferença votada pela juventude ao que eles há muito conhecem e estimam. O medo gera a intolerância e a intolerância gera o medo: o ciclo é vicioso.

Mas a tolerância e o seu oposto não são apenas formas, nem sequer sempre, de aceitação e rejeição, respectivamente. É possível tolerar uma crença ou uma prática sem a aceitar. O que subjaz à tolerância é o reconhecimento de que o mundo é suficientemente vasto para permitir a coexistência de alternativas, e se nos sentimos ofendidos pelo que os outros fazem é porque já nos deixamos envolver demasiado. Toleramos melhor os outros quando sabemos como tolerar-nos a nós mesmos; aprender a fazê-lo constitui um objetivo da vida civilizada.

  • autor: A. C. Grayling
  • tradução: Maria de Fátima St. Aubyn
  • original: O Significado das Coisas. Gradiva: 2003.
  • fonte: crítica

Cuidado com antivírus falsos!

Alguns vírus atuam de forma a fazerem o usuário acreditar que o computador dele está infestado por diversas ameaças. O caso mais comum é um pop-up que surge no meio da tela e diz que é necessário instalar um aplicativo para removê-las. Sem perceber a cilada você clica no OK e agora sim tem um grande problema para resolver.

Os nomes são vários - Internet Security, Advanced Virus Remover, Antivirus Live -, mas a ideia é apenas uma: fazer você pagar para remover vírus que nem existem realmente. Mas isso não é o pior de tudo, já que algumas peculiaridades dessas verdadeiras pragas quase forçam o usuário a pagar para se ver livre delas.

Mensagem de erro falsa.

Não abre mais nada!

Depois de supostamente instalar uma solução para os vírus de mentirinha, seu computador passa a não abrir diversos programas, o que convenientemente inclui removedores de pragas verdadeiros. Se você é ou conhece alguma vítima desse tipo de situação, confira as linhas abaixo e aprenda a se livrar delas.

Soluções

Há várias formas de tentar eliminar os falsos antivírus da máquina. A primeira delas é utilizar um removedor de pragas portátil no seu computador. O mais recomendado é o SUPERAntiSpyware Portable, que você encontra neste link.

Este é um dos  antivírus falsos mais conhecidos.

Baixe o programa na casa de um amigo ou em outro PC e copie-o para um pendrive ou qualquer tipo de mídia removível. Depois insira o pendrive no computador infectado e rode o aplicativo do dispositivo. Aqui é muito importante ressaltar que você provavelmente só conseguirá executar o aplicativo uma vez, portanto não feche o programa sem antes realizar a remoção das pragas. Lembre-se de atualizar o programa através da função “Check for Updates” antes de iniciar a remoção.

Não deu certo?

Se a opção não deu certo, a próxima etapa é repetir o processo em modo de segurança. Para isso tecle F8 durante a inicialização do computador e escolha a opção com rede. Se mesmo assim o problema persistir, repita o procedimento com o ComboFix, outra ótima alternativa dentro do gênero.

Para garantir

Depois de corrigir a falha e poder utilizar seus programas novamente, não se esqueça de utilizar seus programas de confiança para vasculhar a máquina em busca de rastros dessas pragas. Uma boa dica é instalar uma versão Trial completa de algum antivírus renomado, como o Kaspersky, que dura trinta dias com todas as funcionalidades em uso pleno.

Outros métodos para situações específicas

Alguns usuários desenvolveram diversos métodos para arriscar antes de uma medida de maior intensidade. Uma opção é simplesmente ignorar o aviso de que você não pode abrir outro programa e arrastar a janela para um canto qualquer da tela. Depois tente executar novamente o antivírus verdadeiro e veja se funciona.

Outra maneira é executar comandos para matar os processos que bloqueiam a máquina, que em geral chamam-se winupdate86.exe e winlogon86.exe. Se você não conseguir finalizá-los pelo Gerenciador de Tarefas, tecle a combinação Botão do Windows + R para abrir o “Executar”. Nele, digite as seguintes instruções:

taskkill /f /im winupdate86.exe

taskkill /f /im winlogon86.exe

O melhor antivírus é você!

O velho ditado de que melhor do que prevenir é remediar deveria ser uma lei ao utilizar o computador. Na grande maioria dos casos, o seu perfil como internauta pode ser o grande causador dos problemas do computador. Portanto, cuidado com os sites que acessa, links que clica e programas que instala. Essa é a melhor maneira de manter a máquina sempre rápida e funcional, o que com certeza é o maior objetivo de um usuário consciente.